O telefone tocou na farmácia.
Era um médico, extremamente irritado e mal-humorado, exigindo saber por que o farmacêutico tinha dado ao seu paciente um medicamento diferente do que ele havia prescrito na receita.
O farmacêutico, pego de surpresa, não sabia nem o que dizer, então apenas pediu desculpas pelo erro.
Explicou que muitas vezes a farmácia ficava muito cheia e todos clientes queriam ser atendidos rapidamente.
Nesta situação de stress, talvez ele tivesse realmente cometido algum equívoco.
Mas o médico não quis escutar as explicações do farmacêutico e continuou com um longo discurso a respeito da importância de tomarmos cuidado ao dar um remédio ao paciente e a grande responsabilidade que isto envolve.
Deu ao farmacêutico, por alguns minutos, uma grande lição de moral.
Aquela bronca acabou com o dia do farmacêutico, pois ele se sentiu muito culpado.
Ele era uma pessoa cuidadosa, algo assim nunca havia acontecido em toda a sua carreira.
Como ele havia se descuidado e cometido um erro assim tão grave?
Havia colocado em risco a vida de outra pessoa!
Começou a procurar a receita do médico em uma grande pilha de prescrições, para tentar entender qual havia sido seu erro.
Finalmente encontrou a receita e, para sua surpresa, viu que havia entregue os remédios correctos, exactamente como havia sido prescrito.
Foi o médico que tinha cometido um erro, ele tinha escrito o medicamento errado por engano!
O farmacêutico ficou aliviado.
Mas então lembrou-se da lição de moral que havia escutado do médico.
Pegou o telefone, ligou para ele e, muito irritado, desabafou por alguns minutos.
O médico escutou em silêncio e, no final, apenas disse:
- Ei, calma, não fique tão irritado. Qualquer um pode cometer um erro"
Temos que dar aos outros sempre o benefício da dúvida, pois muitos erros que vemos nos outros podem ser, na verdade, erros nossos.
Desconheço o Autor
Namasté...
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