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JULGAMENTO PRECIPITADO ...
Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco.
Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:
- Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu:
- Calma, não cheguem a tanto.
Simplesmente digam
que o cavalo não está mais na cocheira.
-O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho.
Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou.
Ele havia fugido para a floresta.
E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo.
Novamente as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho, você tinha razão.
Não era mesmo uma desgraça, e sim uma bênção.
E o velho disse:
- Vocês estão se precipitando de novo.
Quem pode dizer se é uma bênção ou não?
Apenas digam que o cavalo está de volta...
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens.
Apenas uma semana mais tarde,
ele caiu de um dos cavalos e fracturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
- E não é que você tinha razão, velho?
Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas.
E o velho disse:
Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein?
Não se adiantem tanto.
Digam apenas que meu filho fracturou as pernas.
Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção...
Aconteceu que, depois de algumas semanas,
o país entrou em guerra
e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar,
menos o filho do velho.
E os que foram para a guerra, morreram...
Quem é obcecado por julgar,
cai sempre na armadilha de basear seu julgamento
em pequenos fragmentos de informação,
o que o levará a conclusões precipitadas.
Nunca encerre uma questão de forma definitiva,
pois quando um caminho termina,
outro começa,
quando uma porta se fecha,
outra se abre...
As vezes vemos apenas a desgraça,
E não vemos a bênção que ela nos traz...
Desconheço o autor
Namasté...
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